Muitos arquitetos possuem receio ao tomar a decisão de criar um CNPJ: “será que vale a pena?”
Para formalização de um negócio, seja ele qual for, é importante saber quais são os custos inerentes à essa decisão, rotina de pagamentos e principalmente, se compensa financeiramente (tecnicamente chamamos de viabilidade financeira).
Existem alguns casos onde, no Brasil, não há viabilidade financeira para abrir uma empresa formalmente e, dependendo do caso, também não compensa.
Existe uma grande diferença entre viabilidade financeira e comparativo financeiro. Vejamos:
A viabilidade financeira ocorre quando você já fez todas as contas para saber quanto custa abrir um CNPJ, sabe também o que terá que pagar após a abertura de um CNPJ e mesmo assim isso está dentro do seu orçamento. Isso é viabilidade financeira, ou seja, é POSSÍVEL arcar com isso sem prejudicar o meu fluxo de caixa.
Agora, quando você possui duas opções para decidir qual é melhor, estamos falando de comparativo financeiro.
Neste sentido, as empresas de arquitetura que querem se formalizar perante os órgãos governamentais, é importante entender as 2 premissas: se possui viabilidade financeira e se foi concluído o comparativo financeiro.
Feito este estudo, comparamos a situação atual com a situação de empresário formalizado, identificando a diferença financeira que haverá para então a tomada da decisão.
Quando são arquitetos autônomos, que pagam seus impostos via RPA (Recibo de Profissional Autônomo) até compensa permanecer dessa forma se tiver um limite de faturamento mensal (de acordo com os encargos atualizados). Mas, em um dado momento, ter um CNPJ será a melhor saída para se manter formalizado e tendo economia financeira!
Entenda:
Quando abrimos um CNPJ temos diversos custos inerentes a esta decisão, como já abordado no artigo anterior. Então para valer a pena ter um CNPJ e honrar com todos os compromissos dessa formalização, o seu faturamento deve ser mais atrativo.
Isso porque, mesmo com o custo de contador, prefeitura, certificados e impostos, a alíquota do Simples Nacional é muito menor do que a alíquota de um profissional autônomo que declara suas rendas direto na fonte (IRPF).
(exemplo: alíquota no IRPF/RPA a partir de 9% segundo a tabela atualizada de IRPF / alíquota no simples nacional a partir de 4,5%… faça as contas!)
Agora, se o arquiteto está completamente informal, ou seja, não tem CNPJ mas também não registra seu faturamento via RPA, entende-se que o custo dele com a empresa é zero! Neste sentido, pode-se pensar que abrir um CNPJ é um custo totalmente absurdo em face ao que o profissional tem hoje.
CUIDADO ao ter esse tipo de reflexão e decisão. Pois, na informalidade você não tem benefícios fiscais, não possui segurança de profissionais para o seu negócio e corre-se um grande risco de ser fiscalizado, multado e prejudicado em sua profissão… mesmo tendo uma economia financeira ilusória.
Eu concluo este artigo te trazendo uma provocação: não se compare com uma empresa de CNPJ ativo sendo um profissional informal. Senão, você nunca vai querer abrir uma empresa.
Se compare caso você seja um profissional autônomo! Somente assim poderá tomar uma decisão mais assertiva financeiramente em relação a este tema.